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Foto do escritorLisângela da Silva Antonini

Métricas no contexto dos negócios sociais: como verificar a geração do impacto social positivo?

Empresas de negócios sociais adotam uma ampla gama de estratégias para abordar resolução de problemas e captar oportunidades de mercado de atuação.





O que são negócios sociais?

As empresas de negócios sociais procuram resolver os problemas coletivos advindos das comunidades por meio de empreendimentos comerciais. “Combinam a eficiência, a inovação e os recursos de uma empresa tradicional com fins lucrativos, com a paixão, valores e missão de uma organização sem fins lucrativos. As empresas de negócios sociais adotam uma ampla gama de estratégias para abordar problemas e oportunidades de mercado na sociedade.” (SMITH. GONIN. & BESHAROV, 2013). Trazem consigo a possibilidade de melhorar as condições e qualidade de vida das pessoas beneficiadas aliadas a geração de trabalho e renda.


Como medir o efeito das transformações econômicas e sociais para avaliação do impacto social positivo?

As métricas de avaliação de impacto social positivo têm como objetivo verificar o quanto os valores investidos em responsabilidade social estão promovendo a transformação social da comunidade que recebeu a intervenção. Diferentemente de métricas que avaliam apenas resultados, as métricas de avaliação de impacto sinalizam o legado promovido a partir do investimento realizado. Como são construídas com vistas ao impacto gerado, as métricas de impacto poderão promover a criação de novos mercados, como uma política e processo social, por exemplo.


A escolha do método a ser aplicado deverá considerar indicadores quantitativos e aspectos qualitativos a fim de entender o contexto do projeto e a profundidade da ação que foi executada. Desta forma, as métricas a serem consideradas deverão apresentar os elementos a serem medidos e categorizados por relevância para que possam assegurar um processo de legitimação dos impactos encontrados.


Legitimação sob o enfoque do megamarketing

O megamarketing é caracterizado por meio dos esforços estratégicos realizados por uma empresa ou várias empresas para obter a cooperação dos atores envolvidos com o objetivo de compreender como novos negócios e mercados são criados e sustentados em um contexto social e político complexo. (Kotler, 1986).


Humphreys (2010) propõe que os três pilares da Teoria institucional (regulação, normativo e cognitivo cultural) sustentem através das suas funções sociológicas ou psicológicas o entendimento da criação de mercados como um processo social.


Dentro deste contexto de negócios sociais, a legitimação é “o processo de fazer uma prática ou instituição socialmente, culturalmente e politicamente aceitável dentro de um contexto particular (Johnson et al. 2006; Suchman, 1995). Ou seja, ação social sob crenças de legitimidade é mais do que obediência cega; inclui a cumplicidade ou aprovação da ação por parte do sujeito”, afirma Humphreys (2010).


Diante de um cenário de responsabilidade social corporativa e de expansão dos negócios sociais, cabe às empresas aproveitar as cidades como espaços de convivência e transversalidade, incentivando a inteligência social aberta, a formação de capital humano, a integração em forma de rede, a consciência e transformação social como um legado para as gerações futuras. Para Humphreys (2010), “a estruturação de tecidos culturais, sociais e legais relevantes abrem brechas para novos mercados e fornecem recursos para o estabelecimento de uma nova indústria.”


Considerações Finais

A gestão dos negócios de impacto é de suma importância, o que objetiva a necessidade de mensuração do impacto social positivo para a compreensão do legado das empresas de negócios sociais para a sociedade e proposição de novos mercados de atuação.

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